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Johnny Chan x Erik Seidel



29/03/2012
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A mão de hoje, arrisco dizer, é a mais famosa da história do poker. Não porque ela tenha ocorrido entre os mundialmente famosos Johnny “O Expresso do Oriente” Chan e Erik Seidel, mas por ter sido imortalizada no melhor filme sobre poker já produzido: Rounders.

O duelo aconteceu no heads up do Evento Principal da World Series of Poker de 1988. Chan já era uma estrela – ele havia conquistado aquele mesmo torneio no ano anterior – e possuía dois títulos da WSOP. Do outro lado, Seidel, com 29 anos, era ainda inexperiente e disputava sua primeira World Series.

Ao induzir seu adversário ao erro, Johnny Chan conquistou o bicampeonato da competição mais prestigiada do mundo do poker e, de quebra, embolsou US$ 700.000. Ainda hoje, Chan é considerado um dos principais nomes do esporte mental. Quando se fala em títulos da WSOP, ele só fica atrás de Phil Hellmuth – Chan já tem 10 (assim como o norte-americano Doyle Brunson); Hellmuth, 11.

Já para Seidel, aquela final representou apenas o primeiro passo de uma carreira vitoriosa. Com quase US$ 17 milhões em prêmios apenas em torneios ao vivo, ele é o jogador que mais ganhou dinheiro na história do esporte mental. Como se não bastasse, Seidel, hoje com 52 anos, possuí oito títulos da WSOP.

A MÃO


Erik Seidel tinha menos fichas e era o big blind. Johnny Chan era o small blind, e decidiu entrar na mão apenas pagando. Seidel não quis aumentar, e pediu mesa.

No flop, Seidel acertou o maior par. Acreditando ter a melhor mão, ele pediu mesa, e preparou a “armadilha” para seu adversário. Infelizmente, para ele, Chan tinha o melhor jogo possível (nuts). Chan apostou, e Seidel reaumentou a aposta. Depois de pensar um pouco, Chan apenas pagou.

O turn trouxe uma carta irrelevante, e Seidel pediu mesa. Dessa vez, quem preparou a armadilha foi Chan. Ele pediu mesa com a intenção de demonstrar fraqueza.

A estratégia deu certo, e, depois que o dealer virou a última carta, o river, Erik Seidel apostou todas as suas fichas. Chan não pensou muito: “Eu conferi minhas cartas, para ter a certeza que eu tinha o nuts, e paguei”.

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Marcelo Souza

O editor da revista Card Player Brasil se considera um sujeito humilde e trabalhador, mas há controvérsias. Acredita ser um gênio dos fantasy games.


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